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terça-feira, 15 de setembro de 2009

Chove lá fora...


Chove lá fora e aqui... esta era a canção que me veio à cabeça no último fim de semana. Após uma semana inteira de mau tempo, com muita chuva, o final de semana não investia em originalidade e nos convidava para a hibernação coletiva.
Na sexta-feira, no trabalho, já havia dito que não iria botar os pés na rua devido ao clima e devo confessar que eu disse isso esfregando as mãos e com um brilho especial nos olhos. É que eu gosto dos dias de frio e chuva. Claro que meu grau de insanidade não é tão desenvolvido, o que me faz apreciar tais dias quando posso ficar em casa, negando a existência de vida fora das imediações de minha casa. Dias de chuva, são um convite a ficarmos imersos sob cobertas, vendo TV, comendo e bebendo. Na verdade, dias assim, deviam receber um tratamento diferenciado das instituições mundiais estabelecidas. Algo como: em dias de chuva, vento e frio, todos os compromissos profissionais, educacionais, sociais, etc, serão subitamente adiados para o próximo dia de sol ou que apresente ausência de chuva. O não cumprimento de eventuais compromissos previamente marcados não poderá acarretar prejuízos a nenhuma das partes, ficando acordado o simples adiamento das atividades.

Falando em chuva, normalmente utilizamos as precipitações climáticas como metáforas para a ocorrência de fatos incríveis, de difícil compreensão ou que gerem espanto por seu ineditismo. Pois no domingo à tarde, ainda desenvolvendo meu projeto de excelência em vagabundagem, foi convencido por meu amigo Valter, a assistir o jogo do Grêmio contra o Náutico pelo Brasileirão. O tricolor ainda não havia vencido fora de casa e a mudança desse retrospecto era imprescindível para amenizar o clima nebuloso que se instaurava pelas bandas do Olímpico. Pois bem, um fato incrível aconteceu, o Grêmio surpreendentemente venceu fora de casa, e para minha surpresa a chuva parou. Assim é o Imortal Tricolor.


Boteco Bacana
+ Som: Me chama, Lobão. Clássico dos anos oitenta, também é conhecida nos bares da vida por seu refrão “Chove lá fora”. Integra o disco Ronaldo foi pra Guerra, (Lobão e os Ronaldos), gravado em 1984.

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quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Uma cidade sem memória


São tempos corridos esses que vivemos. Rotinas aceleradas, muitos compromissos, pouco tempo para estarmos com quem gostamos e fazer o que nos dá prazer. Talvez por isso, seja conveniente mantermos intactos e protegidos por certa áurea de nostalgia, aspectos que mantenham viva e sempre presente nossa história, para que, apesar do ritmo acelerado, não percamos nossa identidade.


Semanas atrás, estava eu correndo pelas ruas de São Leopoldo, tentando conciliar horários e resolver assuntos banais. Andava pela Rua Grande distraído como sempre e de repente notei uma sensação de estranheza se fazer presente. Fixei os olhos para meu lado esquerdo e notei que um vazio preenchia por completo, o local onde antes ficava um antigo e imponente prédio, com fachada rebuscada e arquitetura colonial. Há anos funcionava nesse prédio, o clássico Manhattan Bar e Bilhar, local de muitas histórias e palco de muitos confrontos de sinuca regados à cerveja e camaradagem. Na parte da frente, através de seus janelões, podia-se acompanhar o movimento da rua e nos fundos ficava um salão maior, com várias mesas onde por muitas vezes desenvolvi toda minha categoria (!?) na arte da sinuca...

Na verdade este é mais um triste caso de desrespeito com a história da cidade. Mais um símbolo de nossa história foi tombado, não pelo patrimônio histórico, mas pelas mãos de homens de consciência inábil e reduzido a entulho de concreto e tijolo. Paredes espessas que foram levantadas quando a cidade ainda adormecia. Fachada que serviu de face à cidade por muitas décadas foi ceifada sem remorso e hoje só existe na memória.
Eu não tenho conhecimento das circunstâncias do evento, mas uma coisa sempre me pareceu muito clara, é preciso zelar pela história, é necessário buscar meios de manter viva a riqueza cultural de um povo e neste conceito está incluso a valorização e manutenção de sua arquitetura. São Leopoldo tem se mostrado ineficiente nesse ponto. É natural que a cidade tenha sua imagem modificada pelo tempo, sua arquitetura se modernize e novos empreendimentos alterem sua paisagem, mas é fundamental eleger aspectos de manutenção e preservação. Acredito que para qualquer Capilé, seja uma afronta ver o belíssimo prédio do antigo Theatro Independência (com th!), sediar uma loja de eletrodomésticos. O mesmo acontece com o prédio do antigo Cinema Brasil. Estes espaços são marcos históricos da cidade e deveriam ser abraçados pela administração pública e contemplados com uma destinação digna de sua importância.

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segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Cinema perde um ícone dos anos 80


Foi por esta época, em um dos saudosos anos da década de oitenta, durante as férias de inverno. Era uma tarde de chuva, eu estava entocado dentro de casa, com as portas grandes da sala de estar fechadas como eu gostava de fazer para transformar o ambiente em um espaço aconchegante para a prática da vagabundagem.

Como normalmente eu estudava à tarde, este era um período esperado com ansiedade, pois eu poderia curtir em todas as suas emoções, a clássica Sessão da Tarde e ver aqueles filmes que marcariam minha juventude. Eis que, em um desses dias, eu assisti pela primeira vez, um dos filmes que marcaram não só a minha infância, mas, se tornou fundamental para uma geração inteira, “Curtindo a Vida Adoidado” do diretor americano John Hughes.

O filme mostra um jovem que finge estar doente para faltar ao colégio e através de muitas armações poder aproveitar o dia com sua namorada Sloane e seu amigo Cameron. Aliás, pobre Cameron e coitada da Ferrari do pai dele... A cena que ficou marcada na minha memória mostra o personagem principal do filme Ferris Bueller, interpretado pelo ator Matthew Broderick, invadindo uma parada de rua e colocando a multidão a cantar e dançar ao som de "Twist and shout", dos Beatles. Taí, esse cara foi o herói da minha geração, ele sabia viver a vida com bom humor, esperteza e estilo. “Save Ferris Bueller!”

Pois o criador desse clássico e de muitos outros que marcaram a década de oitenta, o diretor John Hugues faleceu aos 59 anos na última quinta-feira (06/08), em virtude de um ataque cardíaco em Nova Iorque.

Hugues marcou seu nome na história do cinema de entretenimento por desenvolver uma linguagem única para tratar de temas da juventude americana. Estereótipos da sociedade estadunidense foram abordados de maneira marcante, mesclando humor e drama em obras como Gatinhas & Gatões, Clube dos Cinco, Mulher Nota 1000, Curtindo a Vida Adoidado, Antes Só do que Mal Acompanhado, Ela Vai Ter Um Bebê, Quem Vê Cara Não Vê Coração e A Malandrinha.

Além de atuar como diretor, Hugues também foi produtor e roteirista.

Filmografia

1991 - A malandrinha (Curly Sue)
1989 - Quem vê cara não vê coração (Uncle Buck)
1988 - Ela vai ter um bebê (She's having a baby)
1987 - Antes só que mal acompanhado (Planes, trains & automobiles)
1986 - Curtindo a vida adoidado (Ferris Bueller's day off)
1985 - Mulher nota 1000 (Weird science)
1985 - Clube dos cinco (Breakfast Club, The)
1984 - Gatinhas e gatões (Sixteen candles)

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sábado, 25 de julho de 2009

Azar, eu gosto do inverno


Talvez seja por influência de minhas origens germânicas ou pelo fato de ter nascido neste cantinho abençoado de Brasil, aqui em baixo, onde a tropicalidade perde o sentido e a paisagem se transforma em pampa, mas eu contrario a maioria e declaro que gosto do inverno. Melhor, além de gostar do inverno eu ouso dizer que prefiro o frio de nosso inverno ao calor do verão. Claro que eu deixo a possibilidade de ponderações, o verão tem seus encantos, mas no geral é isso mesmo, eu gosto do inverno, azar...


Eu tenho um amigo paulista que detesta o inverno. Faz muito tempo que não falo com o Paulo, mas lembro que ele amaldiçoava o frio com toda a sua força. Durante um semestre do curso de jornalismo, a turma se reunia durante o intervalo para o tradicional cafezinho, onde desenvolvíamos algumas teorias que jamais serão comprovadas enquanto o Paulo difamava o inverno gaúcho. – Cara, o inverno dói! Coitado do Paulo, tanto ele reclamou do frio do minuano que, de “castigo”, foi transferido para trabalhar em Santa Catarina.

Entre as incontestáveis vantagens do frio estão os prazeres da mesa, o convívio mais próximo com as pessoas que amamos e no meu caso, uma surpreendente disposição para fazer coisas como, trabalhar. Chego a defender um recesso coletivo durante os meses de verão por achar impraticável desempenhar as obrigações profissionais em temperaturas acima dos 30°.
No entanto, eu tenho a consciência de que no inverno acabamos fazendo coisas estranhas. Usamos pijama por baixo da roupa, comemos uma adaptação da sopa chamada mocotó, usamos protetor de orelha como o Kleiton e Kledir e saboreamos bergamotas lagarteando no sol após o almoço.

Agora uma coisa eu quero deixar claro, o fato de gostar do inverno não impede o vivente de sentir frio! Falo isso, pois é muito comum eu ser questionado ao falar do frio: - Ué, mas tu não gosta do inverno? Os defensores do verão são assim, meio raivosos...

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segunda-feira, 20 de julho de 2009

Vitória com “Autuoridade”


Buenas, o Gre-Nal do centenário marcou a retomada das vitórias gremistas no clássico. Já era hora, meus amigos colorados já haviam pendurado as cornetas...

O triunfo gremista no clássico de ontem, marcou, sobretudo, a vitória pessoal do treinador Paulo Autuori. Aguardado e contratado através de um discurso de convicção pela direção, Autuori mostra sua qualidade no comando da equipe. Adepto do esquema 4-4-2, o treinador chegou com vagar e aos poucos foi conhecendo o grupo e preparando a mudança que iria implantar em campo. Mas além da mudança tática, um fator a meu ver tão importante quanto, tem marcado esse novo momento tricolor, trata-se do brio, do poder de indignação, da entrega e da raça, características muito presentes na história do Grêmio.

Uma das filosofias de Autuori e prática muito bem vinda em um clube que não tem dinheiro para grandes investimentos, é a utilização de jogadores da categoria de base do clube. Logo em sua chegada, quando perguntado, o treinador disse que não teria pudores de escalar jovens, e de fato é o que tem feito. Escalou Thiego na lateral, utilizou Maylson no meio, e até tirou um Mário Fernandes da manga em pleno clássico Gre-Nal, o que não deixa de ser uma ousadia. O único mistério que nem Paulo Autuori consegue desvendar é o caso Douglas Costa, o jovem pretendido por times do mundo todo, mas preterido no Olímpico. Começo a acreditar que o problema deve ser muito mais a postura do jogador do que a avaliação dos técnicos que passam pela Azenha.

Durante o jogo de ontem, pôde-se ver no Olímpico, um Grêmio determinado, concentrado e comprometido. O time foi melhor que o Inter, impôs seu jogo e venceu de virada com brilho e “autuoridade”. O Gre-Nal dos 100 anos marcou a retomada das vitórias tricolores, a volta do clássico ao palco do Olímpico Monumental, e o retorno de um técnico capaz de vencer taticamente seu opositor colorado, o que há tempos não se via pelas bandas do tricolor.

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