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quinta-feira, 25 de junho de 2009

"Thriller"


Na tarde desta quinta-feira, 25 de junho de 2009, o mundo foi surpreendido pela morte de um dos maiores nomes da história da música pop, Michael Jackson. O cantor de 50 anos faleceu após uma parada cardíaca, em Los Angeles, nos EUA. Com uma trajetória marcada por sucesso, dinheiro e muita polêmica, Jackson transformou-se em um fenômeno da música mundial. Seu álbum “Thriller”, lançado no final de 1983 mantém-se até hoje como o disco mais vendido de todos os tempos.

Mesmo não sendo admirador de Michael Jackson por várias razões, sendo uma delas a questão musical, é inegável a importância do astro para a história da música, principalmente durante o início da década de oitenta, com seus primeiros álbuns solo. A figura de Jackson extrapola a questão artística, fazendo dele um símbolo da cultura pop, um personagem de múltiplas faces, um ser estranho e complexo, de trajetória por vezes sombria.

Não identifico exatamente o ano, só lembro-me da minha reação de terror ao ver o famoso clipe de Michael Jackson “Thriller” na tevê. Era um domingo, ainda bem cedo, o sol entrava pelas frestas da porta veneziana da sala e iluminava suavemente o ambiente. Incrivelmente eu costumava acordar cedo aos domingos para assistir desenhos na velha TV preto e branco que tínhamos em casa. Era um pequeno aparelho com estrutura esverdeada e com aqueles botões seletores de canal que estalavam ao serem trocados, uma maravilha para a época. Lembro da briga que era fazer pegar o canal 5 naquele trambolho. Era um tal de vira a antena pra lá, vira pra cá, pendura Bombril... enfim, até fazer a imagem ficar razoável.

Naquela manhã, fui surpreendido pela exibição de um videoclipe, que mostrava um Michael Jackson jovem e transformado em um zumbi que liderava uma orda de mortos- vivos rebolantes em clima filme de terror. Para mim, que havia acordado para ver um singelo e inofensivo desenho do super-homem, me defrontar com aquele cenário e com aquele ser que cantava e dançava ao lado de zumbis foi assustador. Depois daquela manhã, nunca consegui encarar a figura de Michael Jackson sem estranheza. Mesmo passados os anos, eu não conseguia esquecer a imagem perturbadora do astro que se transformava em monstro. Nos últimos anos, longe dos tempos de glória alcançados nos anos 80 e envolvido em inúmeros escândalos e polêmicas, Jackson sempre me pareceu uma pessoa em constante conflito com suas angústias, seus medos, muitas vezes lembrando o clássico personagem do médico e o monstro. Um Dr. Jekyll em luta contra um Mr. Hyde criado dentro do coração e da mente deste grande astro da música pop.

A trajetória de Michael Jackson marca a história da música e do cenário pop mundial e sua imagem ficará na memória de fãs pelo mundo todo. Mas para mim, ficará a lembrança de um homem confuso e perturbado, um astro que experimentou o sonho da fama e acordou com um pesadelo tão assustador quanto a gargalhada proferida por Vincent Prince ao final de “Thriller”.

Daniel Weber

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